sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Copa de 2014: cerca de 7 mil mortes no trânsito

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Em 2014, sem considerar o movimento da Copa do Mundo no Brasil, as estatísticas já projetam a morte de mais de 45 mil pessoas nas ruas e estradas brasileiras.
Cruzamento de dados feito pelo Instituto de Pesquisa e Cultura Luiz Flávio Gomes (IPC-LFG) mostra que a relação é de 70,2 óbitos por 100 mil veículos no Brasil. Em números absolutos, o Brasil está atrás apenas de China e Índia. É o terceiro país mais violento do mundo, nessa área.
A taxa brasileira de mortes no trânsito evolui ano a ano, em média, 2,9%, desde 2000. Saltaram de 28.995 em 2000 para 38.273 em 2008, explosão de 32% (dados extraídos do Centro de Experimentação e Segurança Viária Brasil). De outro lado, em ritmo mais acelerado, a frota nacional aumentou 143%, de 95 a 2010. Passou de 26 para 64 milhões, de acordo com o Denatran.
Levando-se em consideração a evolução das vendas de veículos, a perspectiva, em termos de mortes no trânsito, é preocupante. No primeiro semestre de 2010 assumimos o quarto lugar no ranking mundial de vendas (1,882 milhão), de acordo com estudo da consultoria internacional Roland Berger. Deixamos a Alemanha (1,859 milhão de negócios) para trás. O crescimento brasileiro não para desde 1999, quando o país estava na décima primeira posição da lista.
Há muito se desenha um cenário pessimista com o caos aéreo brasileiro e, agora, com o atraso nas obras de infraestrutura rodoviária e aeroportuária para a Copa de 2014. O fluxo viário durante a Copa do Mundo será muito parecido com o do Carnaval, quando o tráfego rodoviário aumenta em torno de 40%.
Com base em estatísticas do Institute Road Safety, da África do Sul, de que houve um crescimento de 20% nos acidentes de trânsito do país somente no período em que obras de melhorias viárias estavam sendo executadas, especificamente para a Copa de 2010.
Somados todos os fatores citados, podemos calcular que no Brasil o número de mortes em acidentes deverá ficar entre 5 e 7 mil mortes na Copa de 2014, computando-se mais este crescimento de 20%, ou seja, aproximadamente 230 mortes por dia.
De acordo com projeção do IPC-LFG, nas copas passadas - Alemanha (2006) e África do Sul (2010) -, houve um aumento de aproximadamente 30% no tráfego rodoviário durante os 30 dias do evento.
Dados da Organização Mundial da Saúde projetam que em 2030 os acidentes de trânsito serão a quinta maior causa de mortes em todo o planeta. Hoje eles ocupam a nona colocação.

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