segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Justiça Solidária une 155 casais em Belém

O Liberal
A marcha nupcial executada com muito vigor pela Banda do Exército completou o cenário e iluminou os corações de 155 casais que participaram do casamento comunitário na Praça Santos Dumont, antiga praça Brasil, no bairro do Umarizal, no início da manhã de sábado em Belém. O casamento comunitário oficializou a união de casais que já viviam afetivamente estabilizados e foi a novidade da sétima edição do projeto Justiça Solidária realizado pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) em parceria com o Serviço Social da Indústria (Sesi).
O atendimento aconteceu entre 8h30 e 15 horas e apesar das filas não houve nenhum tumulto porque as senhas para cada serviço oferecido foram distribuídas desde às 7h30. Uma das noivas mais bonitas e emocionadas durante o casamento comunitário foi a autônoma Maria Madalena Monteiro da Silva Nunes. Vestida a caráter ao lado do noivo Anderson Nascimento Nunes, também autônomo, ela passou a cerimônia chorando de muita felicidade. "Eu acho que quando fala em casamento a gente já tem que se vestir de noiva se não não tem graça", declarou feliz ao lado da sobrinha Talita, 3, sua dama de honra. "A gente veio porque achou que estava na hora de casar, melhor casado do que amigado", explicou. Ela e o marido foram de Santa Izabel, a 50 km de Belém, para aproveitar a oportunidade do casamento comunitário. "Agora posso dizer que sou casado e tenho uma mulher de verdade", brincou o marido Anderson, que economizou R$ 129 para fazer a festa hoje em Santa Izabel.
Além do casamento comunitário, onde dois casais desistiram e outro casa amanhã no cartório do 2º Ofício, porque não foi liberado do trabalho, o projeto Justiça Solidária ofereceu gratuitamente serviços jurídicos e a emissão de 300 carteiras de trabalho, 400 CPFs e 200 certidões de nascimento. Deusarina Azevedo Nascimento foi da Terra Firme aproveitar para tirar o título de eleitora. "Não quero deixar de votar de jeito nenhum", afirmou. Já a manicure Larice Figueiredo, 22, foi da Cabanagem e saiu da Praça Brasil com a primeira Carteira de Trabalho em mãos. "A emoção só vai ser maior quando ela estiver assinada com salário bom", profetizou.
Na área de saúde foram ofertadas 380 consultas com clínico geral e 90 em pediatria, aplicação de 250 doses de vacinas Tríplice, Dupla Adulto e H1N1, além de 40 atendimentos odontológicos, 600 testes para Hepatite C e 400 exames de câncer de boca. Setenta entidades também promoveram ações como conciliações judiciais, reconhecimento voluntário de paternidade, divórcio consensual, corte de cabelo, massagens, recreação e shows musicais. Este ano, não houve emissão de carteiras de identidade por causa da lei eleitoral. No ano passado, o projeto fez mais de 13 mil atendimentos.

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