quarta-feira, 24 de agosto de 2011

"Lista da morte" tinha nomes de juíza assassinada, delegado e até promotor


Relação foi achada com suposto chefe de grupo de extermínio em São Gonçalo. Quadrilha também tinha PMs

iG Rio de JaneiroA juíza Patrícia Lourival Acioli, de 47 anos, assassinada na noite da última quinta-feira (11), constava em uma lista apreendida pela polícia com nomes de 12 pessoas marcadas para morrer. A relação foi encontrada com Wanderson da Silva Tavares, conhecido como "Gordinho", no início do ano.
O criminoso é apontado como líder de um grupo de extermínio que agia em São Gonçalo e Niterói, municípios da Região Metropolitana do Rio, e que contava com a participação de PMs. "Gordinho" foi preso no Espírito Santo.

Foto: Reprodução Facebook
Patrícia Acioli tinha 47 anos e foi morta quando chegava em sua casa, em Niterói
Além da juíza, a lista tinha os nomes do promotor Paulo Roberto Mello Cunha Júnior, do titular da 72ª DP, delegado Geraldo Assed Estefan, e de três inspetores da Polícia Civil. Na mesma relação, eram citados também quatro PMs suspeitos de participar do grupo de extermínio liderado por "Gordinho" e de uma informante da quadrilha.
Segundo denúncia do Ministério Público, a quadrilha chefiada por "Gordinho" sequestrava traficantes das localidades do Complexo do Salgueiro, Menino de Deus, Chumbada, Trindade, Santo Cristo e Coruja, todas em São Gonçalo.
O grupo exigia resgates aos comparsas e familiares das vítimas. Mesmo após receberem o pagamento, elas eram assassinadas e seus corpos queimados. Cinco PMs foram presos em agosto suspeitos de participarem do bando.
Delação premiada
De acordo com o processo que corre contra Wanderson na 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, ele foi beneficiado por delação premiada por aceitar colaborar com a Justiça. O suspeito, inclusive, não participou da última audiência do caso, realizada no dia 26 de junho, porque a defesa alegou que ele temia ficar junto a outros réus, inclusive os PMs.
No ano passado, a juíza Patrícia Acioli também foi responsável pela condenação do ex-vereador Édson da Silva Mota, conhecido como Mota da Copasa. Ele era acusado de chefiar a máfia de vans em São Gonçalo.
Mota da Copasa foi condenado a seis anos de prisão pelo crime de formação de quadrilha. Seu filho, suspeito de participar do bando, também foi sentenciado. Segundo consta nos autos, o grupo teria sido responsável por uma série de homicídios ocorridos na cidade.
Assista ao vídeo sobre o assassinato da juíza:

Caso não consiga ver este vídeo, clique no link abaixo para assistir na TV iG: Juíza é morta a tiros em Niterói, no Rio

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