quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Não perca a contagem. Mais uma no PMDB


       Asdrubal Bentes será julgado por trocar cirurgias por votos

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) vão apreciar na próxima quinta-feira um processo (inquérito nº 2197) que pode levar à prisão o deputado federal licenciado Asdrubal Bentes, do PMDB, aliado do ex-deputado Jader Barbalho. Asdrubal é o atual secretário de Pesca e Aquicultura do Governo Simão Jatene. Ele é acusado de ter oferecido cirurgias de laqueadura de trompas (cirurgia para impedir gravidez) em troca de votos nas eleições municipais de 2004, ocasião em que concorreu à Prefeitura de Marabá.


O Ministério Público Eleitoral pede a condenação dele por corrupção eleitoral, formação de quadrilha, estelionato e esterilização cirúrgica em desacordo com a legislação. O MPF parte do depoimento de 13 mulheres que fizeram laqueadura no Hospital Santa Terezinha, entre janeiro e março de 2004. As investigações descobriram que a mulher e a enteada de Asdrubal, por meio do PMDB Mulher da cidade, teriam recrutado as eleitoras para passar pelas cirurgias, mediante fraude ao SUS. Elas não teriam passado pelos procedimentos pré-cirúrgicos para comprovar a
necessidade da operação.


Dois médicos, um deles genro do deputado, teriam fraudado laudos para conseguir as cirurgias por meio do SUS. Além disso, o hospital não tinha autorização para realizar a laqueadura pelo SUS.


Procurado por O LIBERAL, o deputado se defendeu das acusações. “Eu confio na justiça. Estou com a consciência tranquila, porque não cometi os delitos que estou sendo acusado', disse.


Um dos argumentos da defesa do peemedebista é que os fatos denunciados teriam ocorrido no período de janeiro a março, portanto, antes do período de registro das candidaturas, que começou em julho. Os advogados de Asdrubal Bentes também sustentam que não há provas de abordagem direta dele às eleitoras, o que seria necessário para a configuração de crime eleitoral.


Em alguns depoimentos, as mulheres que passaram pela laqueadura disseram que receberam orientações de outras pessoas para que votassem nele. Outro ponto questionado é sobre o encaminhamento das eleitoras ao hospital. Segundo a defesa, o PMDB Mulher desempenhava a 'função social' de encaminhar pessoas para consultas em hospitais particulares, sem que houvesse recomendação de cirurgia. 


'Nenhum pedido de consultas dizia expressamente para fazer laqueadura. Se o médico achou, depois da consulta, que tinha que fazer a laqueadura, aí já é responsabilidade do médico', defende-se o deputado. O processo tem como relator o ministro Dias Toffoli. Asdrubal é defendido pelo advogado
Inocêncio Mártires Coelho.

Fonte: O Liberal

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