segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Santa Teresa; principal hipótese é falha no freio




Ténicos dizem que havia um arame no lugar de um parafuso para prender as rodas traseiras
Do R7, com Rede Record 
Felipe O'Neill / Agência O Dia
bonde
Peritos fizeram as primeiras análises para tentar descobrir o que pode ter causado o acidente
O Crea-RJ (Conselho Regional deEngenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio de Janeiro) analisava na manhã desta segunda-feira (29) as causas do acidente ocorrido no último sábado (27) com um bonde de Santa Teresa, na região central do Rio de Janeiro, que resultou na morte de cinco pessoas e que deixou 57 feridas. Veja imagens do acidente

O coordenador da Comissão de Análise e Prevenção de Acidentes do Crea-RJ, Luiz Antônio Cosenza, informou que os engenheiros trabalham com a hipótese de falha no freio do bonde.
- Nós trabalhamos com a hipótese da falta de freito. Se o bonde tivesse vindo com freio, ele marcaria o trilho e evitaria a queda. A falha no freio pode ter sido causada pelo vazamento de ar que sai do próprio freio.

Arame no lugar de parafuso

Após uma vistoria no local do acidente no último domingo (28), os técnicos do Crea-RJ constataram que tinha um arame no lugar de um parafuso em um dos eixos que prende as rodas traseiras. Na mesma estrutura, que tem cerca de cem anos, uma sapata de freio (espécie de pastilha) completamente gasta chamou a atenção dos técnicos do Crea-RJ.

Governador fala sobre acidente

Na noite de domingo (28), o governador do Rio, Sérgio Cabral, se manifestou pela primeira vez sobre o acidente. No texto, Cabral lamentou as mortes e determinou que "o transporte por bondes no bairro fique interrompido e que a Secretaria de Transportes conduza um plano de modernizaçao".

Circulação suspensa
A circulação dos bondes estava suspensa nesta segunda-feira e não havia previsão de retorno. O sistema de transporte só voltará a funcionar após a apuração das causas do acidente de sábado, segundo informou o secretário estadual de Transportes, Júlio Lopes, que esteve no local no fim de semana e foi hostilizado por moradores.
- Foi uma fatalidade, uma tragédia, mas as causas desse acidente serão apuradas com toda a transparência. Vamos pedir ajuda ao Crea para saber o que aconteceu.
Testemunhas disseram que o bonde estava superlotado. Segundo o Corpo de Bombeiros e a Secretaria Estadual de Transportes, havia pelo menos 14 passageiros além do permitido.

A capacidade é de 32 passageiros sentados e 12 em pé, informou Júlio Lopes. O número, no entanto, não inclui os que viajam nos estribos, prática muito comum entre os usuários do sistema.
- Temos informações preliminares de que o bonde estaria muito cheio.
Além disso, o bonde nº 10 não havia sido modernizado e pertencia a uma geração antiga de veículos, segundo Júlio Lopes. O secretário informou que o processo de recuperação dos bondes foi interrompido por determinação judicial porque os modelos novos apresentaram problemas.
Na avaliação do comandante do Corpo de Bombeiros, o coronel Sérgio Simões, que acompanhou os trabalhos de resgate, a superlotação certamente influenciou na gravidade do acidente.
- Não há dúvidas de que a superlotação influenciou no que aconteceu.

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